sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

TROVAS

TROVAS 

No fim do ser forte 
E na morte da flor,
A doe é meu norte
E meu corte é amor.

II 
Para fazer a minha luz
No meu momento de treva,
Levo no que me conduz
A força do amor que me leva.

III
Na vida conheci umas pessoas

Dispostas a tudo pelo dinheiro.
Embora se fizessem de boas
Eram lobos em pele de cordeiro.

IV 
Quando a chuva forte cai 
E alaga toda a cidade
A metrópole parece que vai
Sofrendo também de verdade.

V
Nos momentos difíceis da vida
Nos quais precisamos de amigos
É que damos valor às feridas
Que causamos em tempos antigos.

VI 
Tudo que tenho na vida
É resultante de minha luta
Buscando incessante guarida
para o filho que não me escuta. 

VII 
Tem uns momentos na cidade
Que nos causam algum dissabor:
A violência, o abandono, a maldade
A injustiça e a falta de amor.

VIII
Do hotel fui ao restaurante
E tive uma grande surpresa:
Almocei com gente importante
Que nãaao tinha apego à riqueza.

IX
Sei de uma história sua
Que você nem sequer desconfia:
Já lhe dei esmola na rua
Hoje nem me dá bom dia.